Os prós e contras da plástica na adolescência

Juliana

Juliana

A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, realizou uma pesquisa inédita com 3,3 mil mulheres em dez países e os resultados surpreenderam muitas pessoas: 92% das adolescentes entre 15 e 17 anos responderam que gostariam de mudar alguma coisa no corpo, sendo que 52% delas por influência da mãe, 49% das amigas, 15% por causa da opinião dos meninos e 7% em razão da mídia.

Para a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), esses números não causam nenhuma estranheza. A entidade revelou um aumento de 1000% nas cirurgias plásticas realizadas durante a adolescência nos últimos nove anos – a maioria delas feita no período de férias escolares, principalmente no mês de julho, época de inverno e que oferece menos risco de exposição ao sol no pós operatório e, consequentemente, de escurecimento das cicatrizes e aparecimento de manchas de pele.

Segundo dados da SBCP, as plásticas na orelha e nariz são as mais pedidas, seguidas de perto pelo aumento e diminuição de mamas e pela lipoaspiração. Só no último mês de julho, 40% dos procedimentos realizados em meu consultório envolve mamas nos meninos). Só 10% eram estéticas, como lipoaspiração e inclusão de prótese de silicone nas mamas.

92% das adolescentes gostariam de mudar algo no corpo. Mas essa mudança na imagem não está somente associada à estética

A pesquisa realizada pela Universidade de Harvard também revelou que 72% dos adolescentes já evitaram participar de alguma atividade básica, como ir à escola, a uma festa, à academia, ao clube ou mesmo dar uma opinião em uma roda de amigos, por não estarem se sentindo bem com a própria aparência. Isso porque o jovem fica com a auto-estima muito baixa e isso começa a influenciar sua vida social e seu desenvolvimento. Uma simples correção física, neste caso, portanto, envolvepoderia alterar o comportamento, oferecer mais autoconfiança e melhorar a convivência com a família, amigos, na escola e no meio social.

Apesar disso, é importante registrar um alerta: a cirurgia plástica em jovens exige cuidados especiais. Nessa fase, há inúmeras mudanças hormonais e é preciso estar com o corpo totalmente formado para recorrer a uma cirurgia. As plásticas de redução e aumento de mamas e a lipoaspiração, por exemplo, são indicadas apenas quando a menina está com 80% a 90% do total de seu crescimento. E como saber isso com certeza? Essa análise pode ser feita por meio da idade óssea e da estatura dos pais e parentes de 1º grau. Para as cirurgias corretivas, seguem as indicações da literatura médica: a correção da orelha de abano só deve ser feita a partir dos seis anos, quando as orelhas já cresceram totalmente; a cirurgia do nariz, após os 14 ou 15 anos, fase em que há formação completa dos ossos e da cartilagem nasais. Quanto à lipoaspiração, o ideal é que seja realizada a partir dos 16 anos, uma vez que o procedimento correto exige que se espere o desenvolvimento completo do corpo.

Mesmo seguindo todas essas regras, no entanto, a avaliação criteriosa de um especialista sempre será fundamental, pois em muitos casos pode haver exceções e outras orientações.

Fonte: Uol

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