O nome é difícil e até estranho. É também chamada de eczema atópico. Não melhorou muito, não é mesmo? Continua a causar curiosidade. A seguir você contará com as principais informações sobre o assunto.
Definição
A dermatite atópica é uma doença crônica. Os últimos dados da Associação de Apoio à Dermatite Atópica indicam que ela atinge de 10% a 15% da população mundial, sendo as crianças as mais acometidas. Os primeiros sinais surgem por volta do primeiro ano de vida. Quer saber mais? Confira os esclarecimentos sobre os principais aspectos.
Causas
As causas específicas ainda não são conhecidas, representam um mistério para os especialistas. Alguns afirmam que está relacionada à hereditariedade.
Ela pode estar associada à asma, rinite e bronquite. “Mas é importante deixar claro: um paciente com esses problemas respiratórios não está, necessariamente, fadado a ter a doença.” O contrário também não ocorre. Estudos apontam que filhos de pais com essas patologias têm 25% de chance de ter dermatite atópica. A dermatologista da Clínica Costa Daher, Dra. Darleny Costa Daher, explica que, quando os genitores trazem a dermatite no histórico de vida, a probabilidade de os herdeiros desenvolverem esta patologia sobe para 50%, de acordo com a Associação.
Outra constatação é que a temperatura tem tudo a ver com a doença. O frio extremo ou o calor em excesso podem desencadear as crises, assim como o processo de mudança brusca nos termômetros. A situação pode piorar com gripes, resfriados e aparecimento de pequenas bolhas, algumas delas com pus.
Diagnóstico
Existe um exame específico que comprova ou descarta? Infelizmente, não. O dermatologista, além de analisar a pele, durante conversa no consultório, faz uma série de perguntas. “Ele precisa saber, por exemplo, como começaram e a intensidade dos sintomas, hábitos do paciente, histórico familiar, entre outras informações. Com base nessa entrevista, o especialista tem condições de dizer se é ou não dermatite atópica”, ressalta a Dra. Daher.
Sintomas
A doença caracteriza-se pela secura e inflamação da pele, que provoca o surgimento de lesões. Os pacientes queixam-se de coceiras, descamação (eliminação da camada córnea da pele ou das mucosas), vermelhidão, alterações na cor e até dores na região afetada. O incômodo é tanto que muitos não conseguem realizar as atividades do dia a dia nem dormir direito.
Nos bebês, é comum a ocorrência no rosto, tronco e região extensora dos braços e pernas. Em crianças maiores de cinco anos e nos adultos, a prevalência é nas áreas de dobras dos cotovelos, joelhos e pescoço. Outra diferença é que são mais escuras.
Em geral, a situação melhora à medida que a idade avança, mas isso não é regra.
Tratamento
A forma de tratar vai depender de cada caso. Os profissionais contam com diversos grupos de medicamentos – tópicos e orais – considerados eficazes. Entre eles:
- anti-histamínicos aliviam as coceiras;
- dermocorticoides reduzem as inflamações e vermelhidões;
- imunomoduladores tópicos apresentam efeitos semelhantes aos corticoides, mas não causam os efeitos colaterais destes;
- antibióticos combatem as infecções;
- imunossupressores são indicados nas situações mais graves. Eles agem na divisão das células e têm propriedades anti-inflamatórias.
Controle das Emoções
A relação entre a doença e o emocional é comprovada. Muitos pacientes relatam que situações estressantes pioram o quadro. A vermelhidão e a coceira se intensificam com o aflorar de determinados sentimentos, como raiva, nervoso e ansiedade. Por isso, devem procurar controlar as emoções, inclusive com a ajuda de um profissional (psicólogo ou terapeuta), quando acharem necessário.
Cuidados diários
Quem recebe o diagnóstico de dermatite atópica deve tomar cuidados durante toda a vida. Ainda que o tratamento sinalize melhoras, não há motivos para relaxar nas dicas e orientações passadas pelo médico. Listamos algumas que são fundamentais e garantem alívio:
- hidratar a pele com cremes, pelo menos 3 vezes ao dia. Dê preferência aos sem cheiro;
- preferir os sabonetes neutros e não esfregar a pele na hora de lavá-la e secá-la;
- usar filtro solar, ainda que não haja exposição direta ao sol;
- evitar banhos quentes e demorados;
- evitar produtos e substâncias que possam agravar a problema, como produtos de limpeza e cosméticos perfumados;
- evitar o convívio com animais com pelos longos.
“Esses cuidados devem fazer parte da rotina. Além disso, um detalhe muito importante que não pode ser esquecido é a visita frequente ao médico. O dermatologista precisa acompanhar as melhoras e pioras do paciente para monitorar a medicação e impedir a evolução da doença. Estar bem assistido por um profissional é fundamental para garantir qualidade de vida”, alerta a dermatologista Dra. Darleny Costa Daher.
Conheça a Dra. Darleny Costa Daher
Formou-se na Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), em 2006. Fez Residência Médica em Dermatologia, de 2008 a 2011, no Hospital Federal dos Servidores do Rio de Janeiro. Fez estágio opcional no Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay da Santa da Misericórdia do Rio de Janeiro/RJ (2006) e estágio supervisionado no Ambulatório Souza Araújo, Laboratório de Hanseníase – IOC/FIOCRUZ (2010) e no Ambulatório de Esporotricose do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas/FIOCRUZ (2010). A Dra. Darleny Costa Daher é, atualmente, médica dermatologista da Clínica Costa Daher.
Conheça a Clínica Costa Daher
A Clínica Costa Daher, de propriedade da dermatologista Dra. Darleny Costa Daher e do cirurgião plástico Dr. César Daher, oferece atendimentos clínico e cirúrgico, além de procedimentos estéticos. O prédio fica na Asa Sul (L2 Sul quadra 610/611), área nobre da capital do país. São 100m2 distribuídos entre recepção, consultórios, sala de procedimentos e administração.
Na Dermatologia Estética: Laser, Peelings Químicos, Preenchimento, Toxina Botulínica Tipo A, Sculptra.
Na Dermatologia Cirúrgica: Biópsia, Cauterização Química, Curetagem e Eletrocauterização e Excisão Cirúrgica.