Psoríare
Aceita fazer um teste de comportamento? Imagine estar em um banco sentado (a) à espera de atendimento. Ao olhar para o lado, observa que há uma pessoa com lesões avermelhadas, em forma de placas descamativas em algumas partes do corpo, e a ouve comentar que tem psoríase. Você trocaria de lugar ou permaneceria, mas com medo de ser algo contagioso? Se a resposta é sim, saiba que não é o (a) único (a) pensar dessa forma, por um único motivo: a falta de informação.
O nome, um tanto estranho, somado aos sinais visíveis no corpo e ao desconhecimento, constrói esse cenário de conclusões precipitadas e erradas a respeito do problema. “Eu acredito que ainda falta informação para a população. Em geral, sabe-se muito pouco ou nada. Faltam mais campanhas para esclarecer e evitar os equívocos tão comuns e desnecessários”, opina a dermatologista Dra. Darleny Costa Daher.
Vinte e nove de outubro foi escolhido o Dia Mundial da Psoríase. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove, desde 2006, ações em diversas localidades do país para levar a informação exata, inclusive para quem já apresenta os sintomas e não sabe do que se trata. E sabe quantos brasileiros sofrem da doença? Estima-se que, em média, 2% da população sejam atingidos.
A Dra. Darleny Costa Daher entende que esse trabalho pontual é essencial e deve ser constante. Por isso, selecionou as principais informações relacionadas às causas, diagnóstico e tratamento. As respostas trazem os esclarecimentos, por meio de uma linguagem simples. Quer aprender sobre psoríase? Então tire uns minutinhos e leia com atenção.
Nunca ouviu falar da Psoríase?
A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele e das articulações. Caracteriza-se por lesões avermelhadas ou rosadas com escamas esbranquiçadas bem delimitadas, que provocam coceira. Elas aparecem, principalmente, nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo, região sacral (fica no fim da coluna entre a quinta vértebra e o cóccix, último osso perto das nádegas). Entre 50% e 80% dos casos, os pacientes apresentam ainda alterações nas unhas, como descolamento e depressões.
A Psoríase é contagiosa?
Esse é o x da questão que explica a proporção do preconceito. Apesar de crônica, não é contagiosa. Isso é comprovado. Você pode, sem perigo nenhum, tocar a pessoa com psoríase, compartilhar objetos e roupas, que não vai pegar a doença.
“Essa impressão de que existe o contágio por meio do toque faz com que o paciente sofra duas vezes. Uma por conta da própria doença e outra devido ao receio que nem todos conseguem disfarçar. Isso compromete a vida pessoal, profissional e social”, completa a especialista.
Quem são os mais atingidos pela Psoríase?
A incidência maior é por volta dos 20 anos e aos 50 anos de idade. No entanto, vale ressaltar que crianças e adultos – sejam homens ou mulheres – podem ter a doença.
As causas são Psoríase conhecidas?
Algumas. Estudos apontam que em 30% dos casos o motivo é genético. Mas existem diversos fatores que favorecem o aparecimento e/ou agravam a situação. Alguns deles:
- traumas na pele, que podem levar ao Fenômeno de Koebner (surgimento de novas lesões em áreas sadias);
- infecções;
- drogas (lítio, betabloqueadores, antimaláricos, anti-inflamatórios);
- fatores emocionais, sendo que o estresse é um dos grandes vilões;
- fatores endócrinos;
- álcool;
- tabagismo.
Como o médico consegue descobrir se é psoríase?
O diagnóstico é realizado, no consultório, a partir da história do paciente e do quadro clínico. O dermatologista investiga, por exemplo, se há familiares com a doença, os hábitos e quando surgiram as primeiras marcas. Essa conversa quando feita de forma profunda e detalhada permite ao profissional dizer se é ou não psoríase. Além disso, ele examina minuciosamente as partes afetadas. Se houver dúvida, por conta de particularidades, ele pode solicitar o exame histopatológico (biópsia).
“O papel do dermatologista é fazer o diagnóstico correto da doença e orientar o melhor tratamento. Ao lado disso, ele ajuda a desmistificar a doença e permite melhorar a qualidade de vida desses pacientes”, acrescenta a Dra. Darleny.
Existe cura para Psoríase?
Não existe cura, mas sim controle da doença.
Como lidar com a Psoríase?
É essencial seguir à risca todas as orientações prescritas pelo dermatologista, que vai escolher a melhor forma de aliviar os sintomas e amenizar as crises. O médico vai levar em consideração aspectos como a forma clínica da doença, a gravidade e extensão, a idade, o sexo e as condições grais do paciente. A lista de opções inclui:
- medicações tópicas (cremes, pomadas);
- medicações sistêmicas (orais e injetáveis);
- fototerapia (UVB, PUVA).
A Dra. Darleny Costa Daher faz um alerta sobre a importância da presença do dermatologista na vida do paciente. “A doença tem caráter hereditário, por isso não tem, infelizmente, como interferirmos no aparecimento. Em compensação, é possível reduzir a gravidade, dando as informações necessárias, do diagnóstico precoce, do tratamento adequado. Isso tudo garante mais qualidade de vida dos pacientes”, esclarece.
Isso significa que tornar frequentes as visitas ao dermatologista é fundamental. Primeiro porque possibilita o diagnóstico precoce e o início do tratamento o quanto antes. Segundo porque, quando já existe o diagnóstico, o especialista consegue acompanhar o caso e controlar as crises. “Esse simples cuidado é um grande passo para vencer o preconceito e lutar contra a doença de forma mais consciente”, conclui a Dra. Darleny Costa Daher.
Conheça a Clínica Costa Daher
A Clínica Costa Daher, de propriedade da dermatologista Dra. Darleny Costa Daher e do cirurgião plástico Dr. César Daher, oferece atendimentos clínico e cirúrgico, além de procedimentos estéticos. O prédio fica na Asa Sul (L2 Sul quadra 610/611), área nobre da capital do país. São 100m2 distribuídos entre recepção, consultórios, sala de procedimentos e administração.
Na Dermatologia Estética: Laser, Peelings Químicos, Preenchimento, Toxina Botulínica Tipo A, Sculptra.
Na Dermatologia Cirúrgica: Biópsia, Cauterização Química, Curetagem e Eletrocauterização e Excisão Cirúrgica.
Conheça a Dra. Darleny Costa Daher
Formou-se na Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), em 2006. Fez Residência Médica em Dermatologia, de 2008 a 2011, no Hospital Federal dos Servidores do Rio de Janeiro. Fez estágio opcional no Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay da Santa da Misericórdia do Rio de Janeiro/RJ (2006) e estágio supervisionado no Ambulatório Souza Araújo, Laboratório de Hanseníase – IOC/FIOCRUZ (2010) e no Ambulatório de Esporotricose do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas/FIOCRUZ (2010). A Dra. Darleny Costa Daher é, atualmente, médica dermatologista da Clínica Costa Daher.